Em 1964, com o golpe sobre João Goulart, foi instaurada no Brasil a ditadura militar; fase onde a censura e a exclusão de alguns dos direitos institucionais dos cidadãos foi estabelecida. O regime durou 21 anos, até ser extinto em 1985. Vários artistas, jornais, movimentos e partidos políticos que não se alinhavam com os militares foram perseguidos, alguns inclusive obrigados a se exilar para não serem presos no Brasil. Eis que surgem os Atos Institucionais, os AI’s, que nada mais eram que mudanças súbitas na constituição brasileira de acordo com o interesse militar.¹
O principal e último deles, o AI-5, promulgado em 13 de Dezembro de 1968, foi o mais severo dos atos. Nele foram abolidos mecanismos constitucionais previstos na constituição de 1967 e é revigorado o poder militar autoritário.
Pouco antes, também em 1967, foram sancionadas duas leis que impediam a liberdade de expressão verbal e oratória: A Lei de Imprensa (09/02) e a Lei de segurança nacional (13/03).² Leis que fizeram a classe jornalística dissidente sofrer perseguições e ter seu conteúdo controlado pelas agências do governo. Sem a liberdade, vários jornais-tablóides surgiram na informalidade contra todas as formas de censura. Nomes como Pato Macho (1971), O Pasquim (1969) – que abordaremos com mais destaque -, Movimento (1975), Coojornal (1975), Flor do Mal, etc… Iniciaram-se durante o fim dos anos 1960 e começo dos anos 1970 com o objetivo de protestar contra a falta da liberdade. Alguns deles tiveram vida curta, sem dar lucro a seus idealizadores. Dentre esses, muitos inclusive nem tinham o propósito capitalista.² Mas outros marcaram época e a geração dos anos 70 ³.
“O Pasquim” de 14 de janeiro de 1971
Fonte: https://caminhosdojornalismo.files.wordpress.com/2011/05/pasquim14de01de19711.jpg?w=223 (Acesso em 19 de Maio)
“Coojornal”
Fonte: http://sul21.com.br/jornal/wp-content/uploads/2010/12/coojornal.jpg (Acesso em 19 de Maio)
O primeiro “Flor do Mal”
Fonte: (Acesso em 19 de Maio)
“Pato Macho”
Fonte: https://caminhosdojornalismo.files.wordpress.com/2011/05/anexog.jpg?w=225 (Acesso em 22 de Maio)
REFERÊNCIAS
¹(http://www.infoescola.com/historia/censura-no-periodo-da-ditadura/) Acesso em 4 de Maio de 2011
²KUCINSKI, Bernardo. Jornalistas e Revolucionários. São Paulo: Scritta, 1991. (p. 1-23 / 151-174)
³(http://www.infoescola.com/historia-do-brasil/jornalismo-na-ditadura-militar/) Acesso em 4 de Maio de 2011
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=25321 Acesso em 7 de Maio de 2011