Introdução – Produção em TV (Noturno)

Contextualização Histórica

A História da TV e do telejornalismo no Brasil

Introdução para contextualizar a produção jornalística

 

Magnatas da comunicação: À esquerda Assis Chateaubriand (Chatô) e à direita Roberto Marinho 

Transição: Do rádio para a televisão

A chamada época de “ouro” do rádio brasileiro – anos 40 – além de ter consolidado a linguagem radiofônica, foi de extrema importância para o rádiojornalismo. No início da década, o mundo enfrentava os horrores e as mazelas da Segunda Guerra Mundial e é nesse contexto que no dia 28 de agosto de 1941 surge o Repórter Esso, o primeiro noticiário produzido em rádio, que trazia as notícias da guerra. O rádiojornal era veiculado pela Rádio Nacional.

Com o surgimento da TV no Brasil – 18 de setembro de 1950 – muitos profissionais do rádio migraram para a televisão. Sendo assim, a televisão, que ainda não possuía uma identidade linguística própria, herdou muitas características do rádio, que já possuía uma linguagem consolidada.

Origem da TV e do telejornalismo no Brasil

Em 1950, o jornalista e empresário Assis Chateaubriand já era dono do que é considerado o primeiro império de comunicação do Brasil (Diários Associados). De acordo com Vera Íris Paternostro (2006, p.29), “Chatô” – como era conhecido – importou equipamentos e uma antena (que foi instalada no edifício do Banco do Estado de São Paulo) e trouxe os técnicos da RCA (American Radio Corporation) para implantar a TV no Brasil. Assim surgiu a PRF-3 TV Difusora, que mais tarde iria se tornar a TV Tupi de São Paulo, a pioneira da América Latina.

No dia 19 de setembro de 1950, um dia após a inauguração da TV no Brasil, ia ao ar o primeiro telejornal brasileiro, o Imagens do Dia. O estilo atual da linguagem jornalística televisiva vem desde o primeiro telejornal brasileiro. Em suas primeiras transmissões, cenas eram veiculadas enquanto o apresentador lia e comentava as notícias. Esse formato mudou após a reforma na linguagem promovida por Maurício Loureiro Gama (âncora do jornal) que narrava as notícias ao estilo de uma “conversa” entre apresentador e telespectador. O estilo prevalece até hoje.

Em 1953, a versão televisiva do Repórter Esso vai ao ar pela TV Tupi. Apresentado por Kalil Filho, em São Paulo, e Gontijo Teodoro, no Rio de Janeiro, até então conhecidos por serem locutores de rádio. O telejornal trazia uma linguagem objetiva e a moldagem no padrão norte-americano de telejornalismo. Assim como sua versão radiofônica foi para o rádio, o Repórter Esso foi um dos noticiários mais importantes para a televisão brasileira e foi transmitido até 1970.

Gontijo Teodoro à frente da bancado do Repórter Esso

No final da década de 60 (1969) estreava pela TV Globo o Jornal Nacional, primeiro telejornal em rede nacional da televisão brasileira.

Para saber mais, não deixe de assistir ao vídeo introdutório desta editoria:

GRUPO 2 – Noturno

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