Mudou ou não mudou?

Ao longo dos anos, o perfil do jornalista sofreu mudanças assim como a forma de fazer jornalismo?

Mudou a forma de falar e de apresentar as notícias, porém o perfil em si não mudou nada, essa é a opinião da jornalista Lígia Braslauskas, 44. Já na opinião do locutor e jornalista Franco Neto,73, “hoje algumas pessoas querem apenas o microfone e a câmera na frente, tem mais gente querendo aparecer do que escrever.”

De acordo com Lígia, todo jornalista tem que ser o mais bem informado e investigador, para poder mostrar para a sociedade o que ela não vê sozinha, e por isso que a profissão tem um papel muito importante na política e economia do país. Apesar de não acreditar em grandes mudanças, Lígia diz que hoje os jornalistas possuem um perfil unificado por causa da internet e eles precisam ser dinâmicos.

Já o jornalista e apresentador Britto Junior,48, acredita que o perfil mudou bastante, só persiste ainda (em alguns jornalistas) a necessidade do furo jornalístico e  uma certa preocupação com a qualidade do texto. No entanto, os jornalistas ainda têm pressa até por causa da influencia da tecnologia e pelo fato de as notícias se darem com muita rapidez.

Para o jornalista de economia Patrick Santos, 37, mudou a forma de se fazer jornalismo porque a abordagem era outra, começou ligado ao romance. Não havia o hard news, ou seja, é mais dinâmico e rápido. Existem as diferenças, o jornalista tem se adaptado, por exemplo, às mídias.

O perfil “psicológico” pode não ter mudado, como se referem os entrevistados, porém há claramente um dinamismo e habilidades exigidas diferentes. Um jornalista tem que amar a profissão, independente de aparecer na TV ou estar em frente a um microfone. O profissional tem que gostar de todas as áreas da profissão e saber respeitar a hierarquização, como diz Noblat, em seu livro “A Arte de Fazer um Jornal Diário”.


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