Jornal – O Sol

O Sol ‘’brilhou’’ na ditadura.

Em setembro de 1967 nasce a primeira edição do jornal alternativo Sol, idealizado pelo poeta Reynaldo Jardim e comandado pela jornalista Ana Arruda Callado, uma arma em papel e tinta contra a ditadura e a iluminação dos opositores. Era inovador, contestador, e utilizava recursos cômicos para levar ao leitor as mais duras criticas. Era um jornal independente não existiam anunciantes e distribuição, não durou muito. Seu máximo foi apenas 70 mil exemplares e em 1968 o Sol se ‘pôs’.

Logo se percebia seu DNA de esquerda, enquanto os outros jornais publicavam a possível morte de Che Guevara, o Sol os contrariava apostando em sua sobrevivência.

Tão diferente quanto suas matérias era seu design prático, as notícias dispunham apenas um quarto da página, assim era possível ser dobrado e guardado no bolso para ler na hora mais conveniente a linguagem do jornal também diferia dos da grande imprensa, uma linguagem mais coloquial com expressões do dia a dia.

A equipe do jornal contava com estagiários de diversas áreas: História, Letras, Ciências Sociais e comunicação além de ilustres como Carlos Heitor Cony, Ziraldo e Ricardo Gontijo como editores e Nelson Rodrigues, Arnaldo Jabor e Henfil, como colaboradores.

O interessante era o perfil dos leitores, influenciados por um período de quebra de paradigmas, eram em sua maioria jovens revolucionários. Uma geração que explorava o sexo e as drogas. ‘’ Uma juventude que não teve paralelo anterior nem posterior, uma juventude particular. ’’

Tamanha importância o Sol teve que Caetano Veloso fez uma musica em homenagem: ‘Alegria – Alegria’ “O Sol nas bancas de revista…” ‘’e encher de alegria e preguiça a vida dos cariocas’’. E em 2005 foi lançado o filme ‘’O sol – o filme – Caminhando contra o vento de Tetê Moraes e Martha Alencar.

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