Jornal – O Pasquim

Jornal – O Pasquim

Imaginado pelo cartunista Jaguar como um jornal do bairro de Ipanema, do Rio de Janeiro, O Pasquim mostrou que não iria permanecer tão “quietinho”. Logo em suas primeiras pulblicações, atingiu sucessivas marcas de 20,30 e 40 mil exemplares.
Era o jornal “do contra”.  Contra-cultura, contra o conformismo, contra o caretismo e principalmente contra a ditadura.

Revoluciou também na linguagem, como explica muito bem José Luiz Braga, citado no livro Jornalistas e Revolucionários, de Bernardo Kucinski:

Não se tratava de uma simplificação através do coloquial ou do poupular. Foi todo um novo modo de expressão, dotando os textos de cada escritor dos atributos de expressividade de sua fala.

 Deixou de lado toda a auto-censura: palavrões, corruptelas e outros termos que até aquele momento nem sonhavam em entrear dentro de um jornal ficavam gravados em entrevistas e textos históricos como “Bicha” de Tarso de Castro publicado na edição 54, de julho de 1970.

O Jornal acabou submisso a censura prévia e com o passar do tempo sofreu diversas divergências internas que foram aos poucos sentidas no jornal. Em setembro de 1972 foi comprada por Fernando Gasparian e passou a ser administrada por Jaguar.Em março de 1975 a censura prévia foi retirada do Pasquim, porém os efeitos causados por essa nunca mais seriam recuperados. O jornal deixou de circular em 11 de novembro de 1992.

Em 2002, Ziraldo e seu irmão Zélio Alves Pinto lançaram uma nova edição ed O Pasquim, renomeado Pasquim21, porém este deixou de ser publicado em 2004.

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