José Carlos Amaral Kfouri, conhecido como Juca Kfouri nascido dia 4 de março de 1950 na cidade de São Paulo, e é um dos mais bem conceituados jornalistas esportivos do país.

Seu primeiro emprego foi na Editora Abril, onde trabalhou, em 1970, no Departamento de Documentação. Já em 1974, foi convidado pela Revista Placar, para trabalhar como chefe de reportagem e aceitou prontamente. Permaneceu no cargo até o ano de1978, e foi para a antiga TV Tupi, onde trabalhou somente três meses e, em razão dos atrasos nos salários, pediu demissão. Quase que imediatamente foi convidado para se tornar editor de projetos especiais da Editora Abril. Ele ocupou também o cargo de diretor de redação da Revista Placar (revista pertencente à Editora Abril).

Em 1982, ficou muito conhecido por participar da publicação de uma famosa matéria denunciava a “Máfia da Loteria Esportiva”, na qual, jogadores eram coagidos a manipular os resultados dos jogos, favorecendo os apostadores interessados. Tal matéria quase ganhou o “Prêmio Esso” de jornalismo daquele ano, entretanto não foram somente frutos que foram colhidos com essa famosa reportagem, Juca chegou a ser ameaçado com telefonemas anônimos. O jornalista sempre foi fascinado pelo trabalho investigativo e essa característica inovou o jornalismo esportivo, pois poucas vezes, na história da imprensa esportiva brasileira, houve investigação no esporte. Juca deixou a diretoria da Revista Placar e a Editora Abril no ano de 1995, por discordar de políticas da empresa e por ter sido proibido de fazer denúncias contra Eduardo José Farah e Ricardo Teireixa, pois a empresa, aparentemente, precisaria do apoio dos cartolas.

Na televisão, Juca teve uma rapida passagem como diretor de esportes da TV Tupi em 1978, Em 1982 foi comentarista da Record até 1984, quando foi trabalhar no SBT, onde ficou até 1987. De1988 a 1994 trabalho na Rede Globo. Fez parte do programa “Cartão Verde”, da Rede Cultura, em companhia de Flavio Prado, José Trajano e Armando Nogueira, de 1995 e 2000. Foi contratado pela RedeTV para ser apresentador do programa “Bola na Rede”, onde permaneceu entre 2000 e 2003. Neste ano, voltou ao programa “Cartão Verde”, onde ficou de2003 a2005, ano no qual foi contratado pela ESPN Brasil para participar do programa “Linha de Passe”, onde ainda trabalha. Ainda na ESPN – porém, dessa vez, na internacional – iniciou um programa de entrevista, o “Juca Entrevista”, em 2007, que também está no ar até hoje.

Trabalhou em jornais, sendo colunista de futebol do jornal O Globo (de1989 a 1991), também foi colunista da Folha de São Paulo (de1995 a1999), quando foi para o diário Lance, onde ficou até retornar à Folha de São Paulo em 2005. Juca tem um famoso blog no portal UOL que ja ultrapassou 140 milhoes de visitas.

Foi comentárista esportivo em Rádio também. Inicialmente trabalhou na Rádio América. Depois, foi para a rede CBN de rádio, apenas como comentárista. Porém, em 2000, tornou-se apresentador do “CBN Esporte Clube”, onde permanece até os dias atuais.

Juca Kfouri, pela longa carreira, pela quantidade de veiculos que trabalhou e ainda trabalha, e principalmente pela contribuição que deu a jornalismo esportivo e ao esporte em si, podemos considerá-lo, sem dúvida alguma, um jornalista que fez história.

 

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Nascido em Barra Bonita, em 27 de setembro de 1928, Fiori foi um dos maiores nomes do jornalismo esportivo brasileiro. O recordista dentre os jornalistas em termos de Copa do Mundo, foi o único que transmitiu jogos de 10 copas do mundo. Foi homenageado com 162 títulos de cidadão honorário (a maioria em cidades do interior de São Paulo). Faleceu um dia antes do início da copa do mundo de 2006, recebendo uma homenagem de Galvão Bueno, que no primeiro jogo da copa, iniciou a transmissão com a famosa frase de Fiori: “abrem-se as cortinas e começa o espetáculo”.

Com 4 anos de idade, mudou-se com sua família para Lins. Por volta dos 12 anos de idade, ele já acompanhava os jogos, conhecia formações dos principais times do país, colecionava “A Gazeta Esportiva” e “O Mundo Ilustrado”. Começou a trabalhar com jornalismo no “Correio de Lins”. Conseguiu mudar para a rádio local, escrevendo o texto do programa “A Marcha do Esporte”. Mas seu desejo de transmitir futebol falava mais alto e, de tanto insistir, conseguiu convencer seus patrões de participar das transmissões de futebol.

Em 1952, Fiori aceitou um convite da rádio Bandeirantes, onde teve sua primeira experiência internacional, no Perú, completando a equipe do narrador titular Edson Leite. Em 1953, iniciou suas narrações, entretanto, era o segundo narrador da rádio e também repórter de campo. Com a vinda de Pedro Luiz, da Panamericana (versão antiga da Jovem Pan), foi rebaixado para terceiro narrador. Assim, a rádio Panamericana convidou Fiori para ser o narrador titular, e ele aceitou prontamente. Fiori demonstrou toda sua qualidade e havia começado a jornada de Fiori a caminho da imortalidade.

Em 1963 voltou à rádio Bandeirantes, onde permaneceu até 1995 como narrador titular absoluto. Aos poucos, ele foi impondo seu estilo de narração, e criando seus famosos bordões, que ele mesmo considerava um diferencial: “Abrem-se as cortinas e começa o espetáculol…” “O tempo passa…” “Tenta passar, mas não passa!” “Crepúsculo do Jogo” “Agüenta coração!” “Uma Beleeeeza de Gol!” “Um beijo no seu coração” “É fogo, é gol”.

Homenagem do Museu do Futebol, um dos principais narradores do Brasil:

http://www.youtube.com/watch?v=iFt8pTKcMPQ

Como estudioso do futebol, foi destaque no filme “Pelé Eterno”:

http://www.youtube.com/watch?v=08egsoBqrDg

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Mídia Alternativa

Em 1964, com o golpe sobre João Goulart, foi instaurada no Brasil a ditadura militar; fase onde a censura e a exclusão de alguns dos direitos institucionais dos cidadãos foi estabelecida. O regime durou 21 anos, até ser extinto em 1985. Vários artistas, jornais, movimentos e partidos políticos que não se alinhavam com os militares foram perseguidos, alguns inclusive obrigados a se exilar para não serem presos no Brasil. Eis que surgem os Atos Institucionais, os AI’s, que nada mais eram que mudanças súbitas na constituição brasileira de acordo com o interesse militar.¹

O principal e último deles, o AI-5, promulgado em 13 de Dezembro de 1968, foi o mais severo dos atos. Nele foram abolidos mecanismos constitucionais previstos na constituição de 1967 e é revigorado o poder militar autoritário.

Pouco antes, também em 1967, foram sancionadas duas leis que impediam a liberdade de expressão verbal e oratória: A Lei de Imprensa (09/02) e a Lei de segurança nacional (13/03).² Leis que fizeram a classe jornalística dissidente sofrer perseguições e ter seu conteúdo controlado pelas agências do governo. Sem a liberdade, vários jornais-tablóides surgiram na informalidade contra todas as formas de censura. Nomes como Pato Macho (1971), O Pasquim (1969) – que abordaremos com mais destaque -, Movimento (1975), Coojornal (1975), Flor do Mal, etc… Iniciaram-se durante o fim dos anos 1960 e começo dos anos 1970 com o objetivo de protestar contra a falta da liberdade. Alguns deles tiveram vida curta, sem dar lucro a seus idealizadores. Dentre esses, muitos inclusive nem tinham o propósito capitalista.² Mas outros marcaram época e a geração dos anos 70 ³.

“O Pasquim” de 14 de janeiro de 1971

Fonte:  https://caminhosdojornalismo.files.wordpress.com/2011/05/pasquim14de01de19711.jpg?w=223 (Acesso em 19 de Maio)

“Coojornal”

Fonte: http://sul21.com.br/jornal/wp-content/uploads/2010/12/coojornal.jpg (Acesso em 19 de Maio)

O primeiro “Flor do Mal”

Fonte:  (Acesso em 19 de Maio)

“Pato Macho”

Fonte: https://caminhosdojornalismo.files.wordpress.com/2011/05/anexog.jpg?w=225 (Acesso em 22 de Maio)

 

REFERÊNCIAS

¹(http://www.infoescola.com/historia/censura-no-periodo-da-ditadura/) Acesso em 4 de Maio de 2011

²KUCINSKI, Bernardo. Jornalistas e Revolucionários. São Paulo: Scritta, 1991. (p. 1-23 / 151-174)

³(http://www.infoescola.com/historia-do-brasil/jornalismo-na-ditadura-militar/) Acesso em 4 de Maio de 2011

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=25321 Acesso em 7 de Maio de 2011

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O Pasquim

‘O Pasquim’ nasceu no Rio de Janeiro e foi o tablóide de maior destaque durante a repressão militar. Teve grande aceitação, e vendia no auge cerca de 250 mil exemplares. Durou de1969 a 1988 (auge de 1969 e 1973). Entre seus fundadores está Millôr Fernandes, Jaguar, Paulo de Francis e Tarso de Castro. O jornal noticiava as questões mais sérias com relação ao Brasil e ao mundo de modo bem-humorado e irreverente.

Com o estilo original de propor soluções, lutar por um país justo e rir da própria desgraça em forma de protesto; o jornal ainda colocava em discussão temas como divórcio, sexo, feminismo, bossa nova e cinema. Assuntos que ultrajavam os costumes da sociedade da época, rígida, já que encontravam-se em pleno auge do regime militar brasileiro. Nesse tom desafiador, Ivan Lessa, um dos colaboradores do jornal, bolou uma frase que marcou época no semanário: “Os políticos são os únicos seres humanos capazes de passar direitos ao processo de repensar sem fazer escala no de pensar”; referindo-se ao autoritarismo militar.¹

O jornal partiu de uma tiragem de 20 mil exemplares no momento de sua criação. Quantidade que parecia, inclusive, excessiva para alguns dos idealizadores. Porém o semanário no tempo de auge chegou a ter uma tiragem de 250 mil exemplares, como já dito. Número este, que comprova o sucesso d’O Pasquim’ durante a parte mais dura de repressão, o início da década de 1970.

Já na primeira edição, lançada em 26 de Junho, foi feita uma entrevista com o colunista social Ibrahim Sued – matéria da capa – além de conter textos da atriz Odete Lara, direto do festival de Cannes; e do compositor Chico Buarque (Ver imagem). O jornal daquele dia também continha a seguinte frase em destaque: “É um semanário executado só por jornalistas que se consideram geniais”.¹ Era explicitamente um jornal que batia, em sua ideologia, de frente com a rigidez militar. Mais ainda, confrontava os padrões tradicionais da imprensa oficial, outro motivo pelo qual marcou época.

O primeiro “O Pasquim”

Fonte: https://caminhosdojornalismo.files.wordpress.com/2011/05/pasquim01.jpg?w=230 (Acesso em 19 de Maio)

O jornal ainda possuía um mascote. Um rato chamado ‘Sig’, em referência a Sigmund Freud, o fundador da psicanálise. Ainda dentro da irreverência do semanário, a invenção de palavras/expressões como “Putz Grila”, “Duca” e “Sifu”. Linguagem logo incorporada pela classe publicitária e pela oralidade, algo que perdura até os dias de hoje.

Sig

Fonte: https://caminhosdojornalismo.files.wordpress.com/2011/05/ratinhopasquim.jpg?w=198  (Acesso 19 de Maio)

Logicamente o regime não ficou parado com tamanhas críticas e ultrajes providos pelo jornal. Chegou a inclusive colocar uma bomba dentro da redação d’O Pasquim’, depois de divulgada uma entrevista com Leila Diniz cheia de palavrões e livre de auto-censura por parte dos jornalistas. Inclusive, de tantos palavrões os próprios redatores por vezes colocavam um * no lugar, logicamente, sem prejuízo na leitura. A bomba acabou não explodindo por defeito.²

O governo também chegou a realizar cortes grandes nas edições do jornal, que, mesmo passando por isso, ainda era recolhido nas bancas cariocas por militares insatisfeitos com sua circulação. O fato era que o jornal fora idealizado por gente muito esperta, que conseguia burlar a censura implacável até de dentro da redação.

Veio uma senhora chamada dona Maria, que nós descobrimos que tinha um ponto fraco: gostava de beber. Todo dia a gente botava uma garrafa de scotch na mesa dela e depois da terceira dose ela aprovava tudo. (KUCINSKI, 1991, p.162)

Em 1º de novembro de 1970, depois de publicarem uma charge de Ziraldo mal vista pelo governo, o DOI-CODI invadiu o jornal, prendendo, além do caricaturista, todos que se encontravam na redação do jornal; com exceção do diretor, Tarso de Castro, que escapara pelo muro dos fundos se escondendo numa casa vizinha. A charge era uma caricatura de D. Pedro às margens do Ipiranga proferindo os dizeres ”Eu quero mocotó!!”, ao invés do conhecido “Independência ou morte”. ²

Charge de Ziraldo

Fonte: https://caminhosdojornalismo.files.wordpress.com/2011/05/mocot25c325b32bpasquim.jpg?w=300 (Acesso em 22 de Maio)

Com essas prisões os militares imaginaram que “O Pasquim” sairia de circulação rapidamente. De fato, o jornal levou um baque profundo. Alguns dos autores demonstravam interesse em deixar o Brasil, as tiragens caíram drasticamente devido à censura militar implacável e alguns jornaleiros se recusavam a vender “O Pasquim” com medo da repressão.

Porém o jornal continuou sendo escrito por Millôr Fernandes, Miguel Paiva, Henfil e outros pensadores que escaparam dos militares. E em desafio à autoridade, os criativos escritores inventaram um “redator fantasma” chamado Pedro Ferreti, que escrevia no estilo da “patota” que estava presa. Tentando pegá-lo, os censores cortaram os telefones da redação. Após a descoberta da “brincadeira” a polícia exigia que Tarso de Castro se entregasse. Tarso devido às pressões, inclusive internas dos colegas, acabou por entregar-se ao DOPS e a redação do jornal mudou-se para Copacabana. Tempo difícil para o semanário. Para a publicação, o jornal tinha que obrigatoriamente ser enviado à Brasília para a censura militar, só depois disso voltava e podia ser publicado.

No dia 31 de dezembro de1970 aprisão dos escritores fora revogada e eles voltaram ao jornal como heróis. Mesmo assim, a tiragem de 180 mil jornais foi reduzida nesse tempo para apenas 60 mil, o que diminuiu muito os anúncios publicitários. Muito da crise se dava ao fato de nenhum dos gestores do semanário ter sido apto ao ponto de gerir bem o sucesso que tiveram nos anos anteriores.

No primeiro ano, “O Pasquim” teve um lucro de Cr$ 700 mil e nunca tinha dinheiro. O contador José Grossi tinha um talão de 50 cheques pré-assinados pelo Jaguar e pelo Tarso. Grossi tinha um Alfa Romeo italiano que custava US$ 50 mil. (…) Quem dirigia o jornal no começo era o Sérgio Cabral e o Tarso. Sérgio Cabral deixava os talões assinados e o Tarso gastava tudo. Suítes em hotéis, carro Puma. (KUCINSKI, 1991, p. 168)

Os desgastes entre Tarso de Castro e os humoristas eram constantes. Tarso, em assembléia, decidiu afastar-se do comando, porém deixou sua mulher na direção. Um dia depois disso, ela fora deposta pelos humoristas, que reclamavam da má utilização dos recursos obtidos com vendas e publicidades. Sérgio Cabral assumiu a direção no começo de 1971 até junho. Em setembro de 1972, Millôr Fernandes assume a direção.

O jornal sofria com o fato de não ser mais o único alternativo. Perdera espaço, e isso ainda somado ao milagre econômico que tirou da classe média, principais consumidores do jornal, muito do poder de compra. Além do mais a editora Abril, editora a qual publicava a maioria dos jornais alternativos, cobrava preços salgados dos jornalistas e os obrigava a pagar à vista.

Em1975 acensura prévia foi tirada d’O Pasquim’. Millôr Fernandes fez o editorial da edição 300 que sairia naquela semana. Os militares não viram bem o que ele escrevera, Fernandes acabou sendo fichado no DOPS e depois abandonou a direção do semanário. Nascia ali um outro jornal, muito mais opinativo e promotor de campanhas políticas.

A vendagem continuava a cair e, enquanto isso, os jornalistas eram pegos mais vezes brigando entre si. No fim dos anos 70 e começo dos 80 “O Pasquim” entrava em profunda decadência. Acabaram caindo no clichê do “bom contra o mal” numa época em que já não havia mais tanta repressão nestes termos.

Em 1988 o empresário João Carlos Rabelo comprou de Jaguar “O Pasquim”, que, à época, vendia apenas três mil exemplares em edições quinzenais, não mais semanais; chegava ficar, inclusive, um mês sem sair de vezem quando. Asdividas eram grandes, e os problemas judiciais também.  Já não era um jornal que continha a voz de jovens reprimidos, o que colaborou para a queda e morte do semanário no fim dos anos 80. “O Pasquim” não era mais o que o consolidara, a voz da juventude.

REFERÊNCIAS

¹(http://www2.camara.gov.br/tv/materias/O-PASQUIM—A-SUBVERSAO-DO-HUMOR/164411-O-PASQUIM—A-SUBVERSAO-DO-HUMOR.html) Acesso em 4 de Maio

²KUCINSKI, Bernardo. Jornalistas e Revolucionários. São Paulo: Scritta, 1991. (p. 151-174)

(http://www.webartigos.com/articles/2551/1/Imprensa-Alternativa/pagina1.html) Acesso em 7 de Maio

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O jornal impresso no Brasil

O jornal impresso no Brasil O primeiro jornal publicado em terras brasileiras, a Gazeta, começou a circular em dez de setembro de 1808, no Rio de Janeiro. Embora a imprensa já tivesse nascido oficialmente no Brasil em 13 de maio, com a criação da Imprensa Régia, seu início foi marcado pela primeira edição do periódico.

(Segundo o sitehttp://opolitizador.com.br,)

 

Figura 2, Foto do primeiro jornal publicado no Brasil a Gazeta

Fonte: http://opolitizador.com.br/?p=7703

Este jornal foi considerado um avanço, pois não era permitida nenhuma circulação de noticia ou panfletos, em terras brasileiras. Com a chegada da família Real as coisas mudaram,foi permitido a circular informações através de um jornal, sendo assim uma coisa que já acontecia na Europa, entretanto as noticias publicadas eram sobre a família real. Mais mesmo sendo um jornal do governo o jornal da “A Gazeta” era editado com censura prévia, que só foi extinta há alguns anos depois.

(…) Alguns meses antes de o governo português publicar seu jornal, Hipólito José da Costa lançou o Correio Braziliense, em primeiro de julho de 1808, impresso em Londres e trazido clandestinamente para o Brasil. Este jornal tinha caráter ideológico, sua função era “evidenciar os defeitos administrativos do Brasil”, como dizia Hipólito. A Gazeta deixou de circular em 1822, com a Independência.

Fonte : Site Opinião e Notícia (http://jornalistasconectados.blogspot.com/2010/02/o-primeiro-jornal-impresso-no-brasil.html

Está citação mostra que o jornal de Hipolito José foi o primeiro jornal a circular no país, mais não era fabricado aqui, era um jornal “estrangeiro”. Consideravelmente as informações chegavam um pouco atrasadas, ou melhor depois de muitos dias do acontecido. No século XX, a capital do Brasil Rio Janeiro, registrou um marco histórico, nasce o primeiro jornal em cores a “Gazeta de Noticias”, seguindo de outros jornais que marcaram: O Globo, Jornal do Brasil e Correio da Manhã. Mais os jornais que exerceram o papel de imprensa brasileira destacaram-se “Estado de São Paulo” e “Folha de São Paulo” e o “Diário de Pernambuco”, de Recife. Através dos jornais brasileiros , que o povo colocava “a boca no trombone”, antes visto como jornais independentes, não tinham medo de escrever contra o governo, ou contra qualquer coisa do poder, os jornalistas em questão defendiam o interesse publico em primeiro lugar. Contudo os grandes meios de comunicação da época passavam por muitas censuras, tendo sempre os seus jornalistas presos e jornais fechados. A época de ouro do jornal veio com a revista “O Cruzeiro”, que vendeu muitos exemplares trazendo assim um pouco de credibilidade a profissão e ao bom jornalismo. Depois de muitas lutas os jornais brasileiros, ficam sendo considerados um oficial de noticias.

(…) Entre 1968 e 1972 os jornais brasileiros entram na fase da “nota oficial” e do pres-release que, muitas vezes, pela dificuldade de se obter informações, ficavam sendo a única fonte de noticia da qual disponham os profissionais de imprensa. Fonte:

( Segundo site http://www.grupoescolar.com/materia/jornalismo_no_brasil.html )

Depois de alguns anos o rádio e a TV, começam a ganhar espaço na mídia, fazendo com que muitos jornais passem por uma reforma estrutural de seus veículos, pois estavam perdendo publico e dinheiro. Isto trouxe também um modo de diferente de fazer jornalismo. Os jornais começaram a inserir fotos e figuras na elaboração das suas editorias.

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Os principais Jornais impresso do Brasil

Os Principais jornais do Brasil

  • O Globo
(Rio de Janeiro) Português  
  • Lance RJ
(Rio de Janeiro) Português – Esportes 
  • Gazeta Esportiva
(São Paulo) Português – Esportes 
  • Diário do Aço
(Ipatinga) Português  
  • Folha de São Paulo
(São Paulo) Português  
  • Jornal dos Sports
(Rio de Janeiro) Português – Esportes 
  • A Gazeta do Acre
(Rio Branco) Português  
  • Jornal do Brasil
(Rio de Janeiro) Português  
  • O Estado de São Paulo
(São Paulo) Português  
  • Notícia Já
 

 

Figura 3, Tabela mostra os principais jornais do Brasil Fonte:

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O surgimento do jornal impresso

O surgimento do jornal impresso

  O jornal impresso foi um dos primeiros meios de comunicação que existiu, dizia-se que os marinheiros usavam este meio para fazer comercio marítimo, se isso for verdade pode-se dizer que além de informar, o jornal impresso serviu como propaganda para vender objetos, isto há alguns séculos atrás. Onde e como o jornal impresso surgiu ? E para que ? Qual era sua verdadeira intenção ? Estas perguntas e muitas outras estarão sendo respondidas na leitura deste capitulo.

  As várias histórias do surgimento do jornal impresso encontram-se em alguns livros e pesquisas já realizadas, mais tudo indica que o primeiro jornal surgiu pelo o Imperador Julio Cesar, através de pesquisas nota-se que Julio Cesar ousou quando utilizou o jornal para falar com a população do seu império, como participava de muitas guerras militares, o veículo ajudou-lhe na divulgação das noticias relacionadas sobre as guerras e através disso acredita-se que ele fez um marketing da sua imagem . 

(…) A Acta Diurna era uma publicação oficial do Império Romano, criada no ano de 59 A.C. durante o governo imperial de César. Ela trazia notícias diariamente para a população de todos os cantos do Império (e de fora dele) falando principalmente de conquistas militares, ciência e de política.

Figura 1, Pedra de Palermo registra a história dos reis do Egito

http://www.guiadacarreira.com.br/artigos/historia/jornaisjornalismo/)

  Com o surgimento deste jornal, nota-se que também surge o profissional conhecido como “jornalista”, pois os mesmos começam a ser correspondentes do império Romano, buscando noticias para “alimentar” o jornal com informações. A profissão jornalista surge nesta mesma época.

  A Acta Diurna era um jornal escrito em tabuas de pedras e erguido em praça publica, para que a população pudesse ler, as pessoas eram muito carentes, não tinham condições de comprar o jornal caso fosse impresso no papel, pois o papel na era muito caro, então Julio Cesar funda esta idéia , que foi usada até o império de Augusto. Nesta parte nota-se que o auditório que Julio Cesar queria atingir, era o auditório universal, pois não queria que as informações escritas chegassem apenas para os ricos da época, mais sim queria atingir a população em comum sem restrições.

  Ao ver uma Acta Diurna, deve-se abrir em questão o tempo que se demorava para a informação ser veiculada, pois o trabalho feito aqui era totalmente manual, demoravam-se mais ou menos dois dias para que a informação de acontecimento já passado, fosse publicada para o povo. Hoje em dia fica difícil imaginar uma situação desta, com varias tecnologia desenvolvidas, as pessoas já estão habituadas a ter a noticia no mesmo dia, ou melhor no momento do seu acontecimento.

Entretanto as coisas começam a mudar quando o alemão Johannes Gutenberg inventou a prensa de papel, um feito muito grande para a época.

  Está invenção causou um impacto para o jornal impresso, possibilitando a impressão de vários jornais ao mesmo tempo, e com isso as noticias publicadas nos veículos começaram a ser factuais, isto fez com que as noticias não chegasse “atrasadas” para as pessoas. 

(…) A revolução na época foi tão grande, que alguns autores afirmam que a prensa de papel de Gutemberg tirou o mundo de vez da Idade Média, levando o mundo para a Era da Renascença, com o despertar definitivo da ciência e do jornalismo profissional.

  Contudo este foi o surgimento do jornal impresso no mundo, hoje com algumas tecnologias a mais, só que a sua essência não mudou ou melhor o seu papel continua o mesmo trazer informação para as pessoas.

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 O estilo jornalístico 

Nilson Lage (1999, p. 35) destaca que o jornalismo não é um gênero literário, mas observa que o texto jornalístico possui regras próprias e sua produção deve objetivar uma comunicação eficiente, com aceitação social.

Assim, se não há uma “língua de jornal”, como diz Burnett (1991, p. 40), pode-se dizer que existe um estilo jornalístico de escrever, de usar uma língua comum, com normas determinadas e características que podem ser descritas, conforme se verá, e estão catalogadas nos livros de redação jornalística ou manuais de redação dos jornais.

O termo “estilo” jornalístico parece, porém, mais apropriado do que “linguagem” jornalística quando se fala da forma de redação da imprensa. Sob o rótulo de linguagem jornalística podemos incluir, além dos elementos textuais, o projeto gráfico e os elementos visuais. Geralmente se associa o estilo jornalístico moderno à imprensa americana, ligando-o também ao modo de produção da notícia enquanto mercadoria. De fato, a difusão quase que universal do padrão textual baseado na pirâmide invertida liga-se à transposição de um modelo americano de imprensa, principalmente via agências de notícias. Entretanto, as características básicas do estilo jornalístico são anteriores ao final do século XIX, quando começou a ocorrer a difusão de notícias via agências. A primeira tese de doutorado sobre jornalismo, escrita em 1690 por Tobias Peucer (apud Rocha, 2000), já abordava os relatos jornalísticos e fazia referência ao estilo de texto utilizado pelos periódicos. Aliás, Casasús e Ladaveze não só sustentam a tese de que a forma narrativa da pirâmide invertida se originou na retórica clássica, como observam que as seis perguntas normalmente básicas que deveriam ser respondidas pela notícia (o quê, quem, quando, onde, como, por quê) “não são outra coisa que os elementa narrationis simplesmente traduzidas” (1991, p. 20). 

O estilo jornalístico, porém, toma sua forma definitiva no século XIX, nos Estados Unidos. As novas feições dos jornais – que passavam a se tornar empresas dentro do modo capitalista de produção – resultaram em conseqüências no texto jornalístico e tiveram também grande influência das inovações tecnológicas. O advento do telégrafo, em 1840, consolidou as principais mudanças na estrutura das notícias. (Fontcuberta, 1980, p. 20).  

O estilo jornalístico da notícia baseado na pirâmide invertida também está ligado a procedimentos utilizados nos Estados Unidos, durante a Guerra de Secessão (1861-1865). Vários jornalistas foram mandados ao campo de batalha e enviavam notícias via telefone. Com a precariedade do sistema, era necessário que as informações mais importantes fossem passadas de imediato. Cada um ditava um parágrafo da notícia de cada vez, era uma roda de informações. Ao se acabar a primeira rodada de transmissões, se iniciava o ditado do segundo parágrafo e assim até o final. “Havia nascido a pirâmide invertida” (Fontcuberta, 1980, p. 21). 

No início do século XX, enquanto a imprensa dos Estados Unidos começava a ser dominada pelo estilo objetivo de escrever, oriundo das agências de notícias, o jornalismo brasileiro praticava um estilo rebuscado, sob influência do parnasianismo francês. “Exaltava-se o estilo empolado dos discursos de Rui Barbosa” e o estilo dominante era tão pedante que as matérias seriam hoje praticamente incompreensíveis (Lage, 2000). 

O estilo já implantado nos Estados Unidos chega ao Brasil por meio dos telegramas das agências internacionais e começa, mesmo que esparsamente, a influenciar o noticiário. Até a década de 1920, a imprensa brasileira seguia o perfil do jornalismo europeu. Tinha como característica o jornalismo que utilizava uma linguagem rebuscada (Bahia, 1990, p. 158). Na década de 1920, inicia-se, porém, a preocupação com o estilo jornalístico. Após realizar uma viagem aos Estados Unidos, Gilberto Freyre passa a demonstrar essa tendência em sua atividade enquanto diretor de redação de A Província, um jornal de Recife. A Semana Modernista de 1922 também é apontada por Nilson Lage (1998) como influência importante para a reforma editorial na imprensa brasileira. Uma das idéias dos modernistas era justamente aproximar o texto literário da fala brasileira, limitando, por exemplo, o tratamento cerimonioso e eliminando palavras em desuso, como edil e alcaide. Entretanto, essas inovações só iriam se concretizar no jornalismo anos mais tarde. A reforma do estilo da imprensa brasileira começou na década de 1950, em um pequeno jornal do Rio de Janeiro, o Diário Carioca (que circulou entre 1928 e 1966), onde foram introduzidos pelos jornalistas Danton Jobim e Pompeu de Souza três importantes elementos oriundos do jornalismo norte-americano: o lead, o manual de redação e o copy desk (redator responsável por reescrever as matérias, dando um tratamento uniforme a todos os textos). 

Esse novo padrão textual não se espalhou de imediato por toda a imprensa. O que aconteceu foi a convivência entre elementos do moderno estilo jornalístico com vícios da forma de escrever dominante até então. Lage (1997, p. 6), que trabalhou no Diário Carioca e no Jornal do Brasil, observa que os jornais paulistas só aderiram ao lead na década de 1970. Eduardo Martins, no jornal O Estado de S. Paulo desde o final da década de 1950, rebate a crítica e afirma que no início da década de 1960 o Estadão já usava o lead. Martins reconhece, porém, que havia muitos literatos no jornal, tendo sido difícil orientá-los sobre padronização de texto. “Mas já tínhamos um corpo de redatores, de copy desks” [na décadade 1960].

 Referência:

CAPRINO, Mônica Pegurer; REIMÃO, Sandra (Orient.). Questão de estilo: o texto jornalístico e os manuais de redação. 2002. Dissertação (Doutorado em Comunicação) – Faculdade de Comunicação, Universidade Metodista de São Paulo. São Bernardo do Campo, p. 98-100, 2002. Disponível em: <www.revistas.univerciencia.org/index.php/cs_umesp/article/download/3664/3452>. Acesso em: 22 maio 2011.

 

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Mudanças na estética do jornal

Mudanças no Formato Estético

 

 

 

“Os homens criam as ferramentas; as ferramentas recriam os homens”. (MCLUHAN, 1970 apud YAZBECK, 2002).

Com o surgimento de novas tecnologias, as pessoas sentem a necessidade de aderirem às novas mudanças, assim tornando suas vidas mais fáceis e mais práticas. E é isso o que ocorre com o jornalismo impresso, para tornar o jornal mais agradável, os jornais vêm mudando a sua estética e aderindo as novas tecnologias para que o leitor se sinta bem com o jornal. E essas mudanças não vêm de hoje.

Desde o começo do século XV, os jornais vêm apresentando grandes mudanças em seu formato estético, e vêm sofrendo vários processos de modernização em seus modos de impressão e diagramação. Compreender essas mudanças gráficas e visuais é compreender a história do jornal impresso (FRANÇA, 2008).

De acordo com Luciano Guimarães, a razão dessas transformações no design jornalístico se deve principalmente, a presença de novas tecnologias que geram uma remodelagem da continuidade.

“A mídia precisa ser vista como um sistema, um sistema em contínua mudança…”. (BRIGGS e BURKE, 2004 apud GUIMARÃES, 2006).

E é exatamente isso o que ocorreu e continua ocorrendo com os jornais impressos, eles estão em contínua mudança, aderindo às novas tecnologias e satisfazendo seus leitores tornando os jornais mais organizados.

Antigamente a produção dos jornais, se dava pela composição de chumbo até mais ou menos 1971, onde se adotou o sistema de fotocomposição[1]. A fotocomposição é a composição tipográfica feita por projeção de caracteres sobre papel, ou película de filme fotossensível. Eduardo Nunes Freire sobre a tipografia ressalta:

Os recursos gráficos na fase tipográfica eram escassos e o texto verbal predomi­nava. O texto jornalístico de então trafegava entre o informativo e o literário […] Daí, a existência de textos longos e às vezes impenetráveis […] O jornalismo desta época é o da opinião, do debate, da peleja, das discussões temáticas. (FREIRE, 2009, p 296).

 

Afirma também que:

Os recursos visuais no início do período tipográfico eram poucos, e restringiam-se a filetes, variações na tipografia (fontes), algumas ilustrações e, posteriormente, fotografias de baixa qualidade. O jornalista pouco interferia no processo de diagramação, no desenho das páginas ou na escolha da imagem que ia ilustrar o texto. (FREIRE, 2009, p 297).

 

Vale ressaltar, segundo o autor, que a cor quase não era usada nesse período, somente para destacar títulos ou anúncios publicitários.

Em seguida vem a fase litográfica, que se trata da impressão da litografia tradicional: matriz plana, separação físico-química entre água e tinta. Aqui no Brasil situa-se entre a década de 1960, e finais de 1980, segundo o autor Eduardo Freire.

Ele discorre também que:

A transferência da montagem da página da oficina gráfica para o departamento de arte aproximou um pouco mais o jornalista do tratamento final de sua produção […] os editores eram também os responsáveis pelo desenho das páginas, fator que contribuiu para a criação de páginas diferenciadas que integravam melhor o material verbal e o não-verbal. A partir daí, os princípios do design entram em evidência. Alinhamento, repetição, proximidade, contraste, balanço, passam a ser mais levados em consideração o que redunda em um jornal mais organizado, limpo e arejado, com hierarquia mais nítida e com melhor visibilidade. (FREIRE, 2009, p 300).

 

A cor nessa fase então, começa a tomar força, mas somente como ilustração e na estética, restringindo-se a capa, contracapa, fotografias e quadros (Freire, 2009).

Vemos então que os recursos visuais são muito importantes para um jornal, pois uma imagem pode interagir mais com o leitor, e atraí-lo para a mensagem.

No velho jornal importante era o texto, somente o texto […] utilizavam fotografias desde que não tomassem o espaço do texto […] no novo jornal o que importa é comunicar bem ao leitor o que se quer comunicar. Se um gráfico, em determinados casos, comunica melhor, publique-se o gráfico, subtraia-se o texto. (NOBLAT, 2006, p 152).

 

“O recurso visual do jornalismo impresso moderno deve ser entendido como uma possibilidade complementar e suplementar à informação textual”. (MANUAL DA REDAÇÃO, 2006 apud FRANÇA, 2008).

[…] o trabalho de diagramação que antigamente era visto como artesanal, na atualidade se transferiu para o campo de especialização […] o trabalho do planejamento visual é feito com vistas à disposição da matéria, com intuito de um bom aproveitamento do texto e seus destaques. A forma estética deve agregar valores do conteúdo ao visual do jornal. (COLLARO, 2006 apud FRANÇA, 2008).

 

Posteriormente, vem a chamada fase digital, “vultosos investimentos em tecnologia de impressão foram feitos nas últimas três décadas. Hoje no mercado, encontra-se impressoras com grande formato de impressão”. (ALZIRA, 2002 apud FRANÇA, 2008).

Observa-se então que todas essas mudanças na estética do jornal, toda essa quebra de paradigmas que adere a novas tecnologias, resultam em um jornal mais prático, rápido e organizado que interessa ao leitor.

Assim chegamos à conclusão de que todas essas alterações possibilitaram a produção mais rápida, e um jornal mais atraente, com mais imagens e não com apenas textos.

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