O perfil do jornalista, em geral, trata-se não só do lado profissional, mas também do pessoal, e como isso interfere em suas criações intelectuais.
A imagem degradada, a desmoralização, a falta de imparcialidade e o pouco prestígio social, são alguns dos obstáculos para aqueles que pretendem seguir a profissão. Segundo Balzac (1991, p. 6) “quando alguém não tem nenhuma aptidão particular para alguma coisa, ela segura uma pena e posa de pessoa talentosa.”
Mas a verdade é que apenas aqueles que entram “de cabeça” no mundo jornalístico conhecem realmente os prós e os contras dessa profissão. Britto Jr., Joseval Peixoto e Lígia Braslauskas, alguns de nossos entrevistados, afirmam que para ser um bom jornalista é necessário ter muita persistência, coragem, amor, paixão, dedicação, curiosidade e humildade.
Carlos Eduardo Lins da Silva, no livro “Perfis de Jornalistas” compara os profissionais ao personagem Sísifo da Mitologia Grega, que foi condenado a viver empurrando uma pedra para o cume de uma montanha, apenas para vê-la rolar até o final e depois recomeçar a sua missão, durante toda a eternidade. Os jornalistas seriam exatamente assim, acabam uma notícia e no momento seguinte já estão envolvidos em outros fatos, fazendo um enorme esforço para repassar as informações da melhor forma possível para o público, “(…) todos os dias do ano, todos os anos da vida, sem nenhuma recompensa concreta, a não ser a do prazer de ver a pedra chegar ao cimo da montanha” (SILVA, 1991, p.8 )
Quer saber mais sobre o perfil do jornalista? Acesse:
Faces do jornalismo
Aparecer ou escrever um bom texto?
Entrevista com Lígia Braslauskas
Não obrigatoriedade do diploma
Parabéns!