Charges (noturno)

A charge é um estilo de ilustrar. A sua finalidade é satirizar, por meio de desenhos, imagens, caricaturas, entre outros. Não se limita apenas a ironizar, visa tornar sólido ao leitor sua posição a cerca de um determinado aspecto da realidade, acontecimentos atuais com uma ou mais personagens envolvidas.

Criadas no século XIX por pessoas opostas do governo e críticos políticos que queriam se apresentar de forma inusitada, os críticos foram reprimidos, ganhando enorme popularidade, o que ocasionou sua existência até nos dias de hoje. A palavra charge tem origem francesa seu significado é carga, exagerando traços do caráter de algo ou de alguém dando uma outra imagem, impressão. Os chargistas da imprensa brasileira com suas cômicas charges por vezes nos fazem compreender melhor o texto e deixar indignados os merecedores das mesmas.

Bastante utilizada em críticas políticas no Brasil. É confundida com o Cartoon, ambos são totalmente diferentes, ao contrário da charge que é uma crítica pertinente o cartoon retrata situações corriqueiras do dia-a-dia da sociedade. A charge tem como objetivo não ser um simples desenho,mas sim, ser uma crítica política-social em que o artista expõe sua visão graficamente sobre situações cotidianas através do humor e da sátira.
Para entender uma charge, não precisa ser uma pessoa com conhecimento aprofundado em todas as área o que importar é estar situado das informações diárias. Tem um alcance maior que um editorial, por ser um desenho critico a charge é temida pelas pessoas com grande poder no país. Quando se estabelece regime de censura em algum país, a charge é o primeiro alvo dos censores por causa de sua grande influência entre as pessoas.

Uma das primeiras charges e muito famosa. Charge de Honoré Daumier, "Gargantua", litografia, 1831. Por causa dessa charge, do Rei da França como Gargantua, Daumier ficou preso seis meses no Ste Pelagic em 1832.

A charge no Brasil começou no ano de 1831 em Pernambuco ainda no século XIX, a primeira charge foi uma sátira ao Partido Restaurador.

A primeira charge impressa foi no ano de 1837, autoria do pintor Manoel de Araújo Porto Alegre, se tratando da corrupção da imprensa.

Em 1930 a charge retrata o período histórico, após a revolução de 30, Getúlio Vargas depois de ter sido derrotado nas eleições e assume o poder com a ajuda dos militares.

A charge foi publicada no Jornal do Brasil em 1964, no desenho um general quatro-estrelas se olhava em um espelho e, no reflexo, via no uniforme a imagem de quatro bananas. Na semana seguinte, ocorreu o golpe.

O desenhista Henfil, tinha uma tira de cartuns chamada Graúna publicada através do jornal, O Pasquim. A tirinha que falava sobre o nordeste e seus problemas políticos, no Nordeste do Brasil, os personagens eram: Graúna, um Bode Orelana e um nordestino Zeferino. Por meio de sátiras e ironias, o desenhista criticava o governo Brasileiro e sua forma de agir. Sendo o desenho mais marcante do cartunista.

Examina-se o comparecimento da charge como gênero opinativo na imprensa escrita no Brasil, ligando aspectos históricos, políticos e iconográficos.

Existem vários tipos de charges além dos desenhos, segundo o site de Maurício Ricardo Quirino , as mais comuns são: Charges-Okê, estas charges trazem paródias de músicas, nas quais as letras falam sobre as atualidades da música, do esporte, da política e do entretenimento, sendo “interpretadas” pelas personagens envolvidas nas notícias.

 Também há charges cotidianas, que mostram sobre as atualidades da política, do esporte e do entretenimento.

Referências Bibliográficas:

MOTTA, Rodrigo Patto Sá, Jango e o golpe de 1964 na caricatura, Jorge Zahar Editor, 2006

CHAPARRO. Manuel Carlos, Sotaques D’Aquem E D’Alem Mar, Grupo Editorial Summus, 2008

Charges, disponível em <http://charges.uol.com.br/>

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